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O que mudou a partir de 1971?

    Em 1970, a Seleção Brasileira conquistou o tricampeonato da Copa Jules Rimet (nome oficial da Copa do Mundo naquela época) e garantiu a posse definitiva daquela taça. A euforia tomou conta do país e do Governo Militar, que propôs a inclusão de mais participantes - de outros Estados também - no campeonato nacional.

    A experiência bem-sucedida com as quatro edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa levou a CBD a chamá-lo oficialmente de "Campeonato Nacional de Clubes" em 1971 - sim, os critérios de participação na competição continuaram os mesmos. O que mudou? O Ceará passou a ter um representante e os Estados de Minas Gerais e Pernambuco ganharam mais uma vaga (cada), ou seja, o campeonato passou a ter 20 clubes, ao invés de 17. Nenhuma mudança drástica para considerarmos que antes de 1971 não existia um campeonato importante no Brasil, não é mesmo?

A bagunça toma conta do futebol brasileiro

    Devido ao plano de integração nacional em larga escala, proposto pelo Governo Militar, foi criada a 2ª divisão, mas não havia rebaixamento. Devido à política que ditava o critério de escolha dos participantes, quem ficou com a vaga na elite do ano seguinte - não havia rebaixamento, mas havia promoção - foi o vice-campeão Remo e não o campeão Vila Nova-MG. Este era o início de uma série de politicagens que (ainda) acontece no futebol brasileiro.

    Em 1972, por determinação do Governo, a CBD ampliou o campeonato para 26 clubes, com representantes de Alagoas, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte e Sergipe, além do recém-promovido da "2ª divisão", o Remo. Mais uma vez, ficou estabelecido que não haveria rebaixamento.

    Os muitos interesses políticos que passaram a existir em torno do campeonato fizeram a CBD ampliá-lo para 40 clubes (de 20 Estados no total) em 1973. Foi uma autêntica maratona! Tanto que só foi definido o campeão em fevereiro do ano seguinte. E vale ressaltar que não existia rebaixamento, mas devido à vexatória campanha do Sergipe, que sofreu 19 derrotas na competição, a CBD decidiu retirá-lo da edição seguinte.

    Em 1974, o Conselho Nacional de Desportos (CND) desaconselhou o aumento no número de participantes da competição, que ficou mantido em 40 – entende-se que o campeão da 2ª divisão ficou com a vaga do “rebaixado” Sergipe. No entanto, durante o campeonato, a CBD resgatou um expediente bizarro: a classificação de dois clubes para a segunda fase de acordo com a renda, que acabou beneficiando o Flamengo e Nacional. A bizarrice era tão grande que o time do Amazonas tinha perdido por 3 a 0 do Goiás no último jogo da primeira fase, ficou na 17ª colocação do grupo B, mas graças ao público de 10.598 pagantes, seguiu adiante.

Um novo troféu, um novo nome

    No ano seguinte, a CBD ganhou um novo presidente, o almirante Heleno Nunes, substituindo João Havelange, que assumiu o comando da FIFA. Neste ano, a CBD lançou um troféu sofisticado, produzido pelo designer Maurício Salgueiro e o campeonato passou a ser chamado oficialmente de “Copa Brasil”, com 42 clubes participantes - como não existia rebaixamento, entende-se que um time chegou promovido da 2ª divisão, além do retorno do Sergipe, que estava afastado da última edição. A nova nomenclatura da competição perdurou até a edição de 1979 – já dá para notar que o nome “Campeonato Brasileiro” não começou em 1971. Vale ressaltar também que, assim como a Taça Brasil, a Copa Brasil não tem nada a ver com a atual Copa do Brasil.

    Quando a V Copa Brasil começou, em 22 de setembro de 1979, vários campeonatos regionais ainda estavam em andamento – inclusive os do Rio de Janeiro e São Paulo. Dois dias depois, o Ministério da Educação e Cultura do Governo João Figueiredo determinou a criação de entidades específicas para os esportes – antes, todos eram controlados pela CBD, que após esta determinação se transformou em CBF (Confederação Brasileira de Futebol). No entanto, esta edição do campeonato nacional ainda foi organizado pela antiga CBD e contou com a participação do absurdo número de 94 equipes. E este número poderia ser ainda maior, mas devido a toda essa bagunça, Corinthians, Portuguesa, Santos e São Paulo alegaram que o regional era mais rentável e desistiram de participar da competição nacional. No fim do ano, o empresário Giulite Coutinho foi eleito presidente da CBF para um período de três anos, e prometeu uma reformulação no campeonato nacional.

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